quarta-feira, 27 de abril de 2011

FÉRIAS EM MANAUS - AMAZONAS



Estou de férias e o destino escolhido é a Amazônia, mas precisamente a cidade de Manaus. O sonho de conhecer um estado tão exótico e diferente de São Paulo vem de alguns anos, não nego que sou urbana, adoro o caos organizado de Sampa e
correria do dia a dia, mas de vez em quando cansa, o stress chega e dá vontade de sair correndo e quando dá vontade de sumir, escolho a praia, sol e mar sempre
carregaram minhas baterias, mas esse ano queria algo diferente, paisagens diferentes e Manaus foi uma boa escolha.
Desembarquei na cidade e o calor tomou conta, era o que me diziam, faz muito calor por lá, na semana em que fiquei em Manaus, os termômetros marcavam em média de 30 a 31 graus e sabem o que ouvi dos Manauaras, que não estava quente, já que estão acostumados com 40 graus em média nos meses mais quentes, setembro é um deles.

No 1⁰ dia levamos um susto com o preço dos taxis, não há taxímetro, o valor estabelecido para qualquer distância que desejar é de R$ 58,00, reclamam dos cariocas por malandragem, mas das cidades em que visitei os taxistas são os mais justos na hora de cobrar uma corrida. Resolvemos então alugar um carro com diária com Km livre, o modelo mais
básico sem ar condicionado sai por R$ 60,00, vai por mim não dá para ficar sem ar condicionado, um modelo com esse item tão valioso sai por R$ 70,00 na Viriato Rent a Car.
Não fizemos muito planejamento para conhecer os pontos turísticos, mas tinha em mente conhecer o tão famoso Teatro Amazonas e o Encontro das águas, que é o encontro de dois rios que correm lado a lado por mais de 10 km sem se misturarem (Rio Negro e Solimões) até formar o Rio Amazonas, o maior rio do mundo em extensão e volume d’água. O passeio proporcionou um tour panorâmico da cidade, pudemos ver as casas palafitas e os postos de gasolina flutuante, achamos o máximo. Visitamos
o Parque Ecológico de Janauari, caminhamos na selva até o lago da Vitória Régia e almoçamos no restaurante flutuante Valdecy, onde havia uma feira flutuante de artesanato.

Depois do almoço até tentei pescar uma piranha, mas não levo jeito pra coisa, meu marido teve mais sorte e pescou um peixe da região,depois fomos de canoa pelos igarapés (rios estreitos) e pelos igapós (floresta inundada), visitamos uma casa de nativos e conhecemos uma árvore Sumaúma de 60 metros, onde pudemos observar alguns macacos de cheiro correndo pelos galhos, curiosos com os intrusos. Se eu estava esperando uma paisagem diferente esse dia foi inesquecível, todas as minhas expectativas foram superadas, ver animais silvestres em seu habitat natural, como pôde presenciar com um casal de araras vermelhas por entre as árvores e voando próximo, é uma sensação unica, vale a pena cada segundo.

2⁰ dia: Resolvemos fazer um tour histórico e cultural, andamos pelo centro de Manaus. Chegamos ao Porto da Escadaria dos Remédios, onde pude ver de perto pela primeira vez um navio, a realização da viagem de navio Manaus – Santarém – Belém é quarta e sexta-feira e a
acomodação pode ser e
m rede de dormir, em camarote duplo ou suíte duplo, não fiz a viagem, mas já tenho um argumento chiquérrimo para conhecer outras cidades do norte do país. Depois fomos conhecer o Teatro Amazonas, inaugurado em 1896, é uma das expressões mais significativas da riqueza da região durante o Ciclo da Borracha. O passeio pelo teatro durante o dia custa R$10,00 e é acompanhado por guias que contam sua história, o curioso é que na entrada do teatro me deparei com o calçadão de Copacabana, como assim, a Praia de Copacabana no meio da Amazônia? Pode ser esta a sensação de quem, de frente para o Teatro Amazonas, em Manaus, olhar para o chão e perceber a semelhança entre o piso do Largo São Sebastião e o conhecido calçadão, na orla da praia do Rio de Janeiro. Mas qual surgiu primeiro? No Rio de Janeiro, a história é que a calçada de Copacabana faz referência às ondas do mar. Foi a partir do Rio que o piso se tornou famoso em todo o país, sendo copiado também em outras capitais. Mas o conhecido calçadão foi instalado no Rio depois de Manaus ter terminado o seu. (fonte: Globo Amazônia).


3⁰ dia: Nos aventuramos e fomos conhecer as cachoeiras de Presidente Figueire
do, uma dica é conseguir um GPS ou um mapa, pois Manaus é mal sinalizada, simplesmente não há placas indicando ruas, avenidas ou rodovias, as pessoas não sabem dar informação ou não gostam de ajudar turista perdido, resultado, literalmente nos perdemos e fomos parar em uma rodovia que ia para outra cidade, tivemos que voltar vários quilômetros e pegar a BR 174,
Manaus/PresidenteFigueiredo, a mesma estrada liga até a capital de Boa Vista e ao Caribe Venezuelano. As cachoeiras mais bonitas são do Asframa, do Santuário, de Iracema e a corredeira de Urubuí, onde é possível descê-la de bóia e praticar tirolesa sobre as águas.


4⁰ dia: Decidimos curtir o hotel, afinal não é todo dia
ou todas as férias que temos o privilégio de passar dias inesquecíveis em um Resort cinco estrelas com Zoológico e Jardim Botânico, me encantei com
um bicho preguiça chamado Feliz e uma onça pintada que atendia pelo nome de Manoel, além de outros animais lindos. Depois almoçamos no restaurante regional O Lenhador que serve pratos exóticos como jacaré, tartaruga e peixes da Amazônia, provamos um pouquinho de cada, mas ainda prefiro um peixinho grelhado.

5⁰ dia: Deixamos o último dia para curtir a p
iscina, o dia estava nublado mas muito quente, não demorou para chover, achávamos que era passageiro, mas como
a chuva não dava trégua, resolvemos então sair por Manaus à procura de um peixe para almoçarmos, encontramos na Praça de Alimentação do Dom Pedro a Peixaria Amazônia, o lugar é bem simples e a comida é deliciosa, uma boa pedida é o filé de tucunaré grelhado ao molho de alcaparras, o prato vem acompanhado de arroz branco, macaxeira, salada e banana frita, de entrada peça o caldo de piranha, apimentado na medida certa, para beber suco de Taberebá, o sabor é parecido ao cajá e para a sobremesa creme de cupuaçu, simplesmente divino.

Os passeios com guias são caros, média R$ 300,00 por pessoa para conhecer o encontro das águas + boto cor de rosa + ritual indígena, por isso vale a pena planejar bem sua viagem para Manaus, se quiser fazer um tour de hidroavião pelo encontro da águas e Arquipélago de Anavilhanas (são mais de 300 ilhas), você vai desembolsar R$ 2.000,00 à hora, valor para duas pessoas. Informações e reservas: Sérgio Viagens & Turismo , Fontur
Locação de veículos: Viriato Renta a Car
Teatro Amazonas: culturamazonas
Tropical Manaus

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